Esse poema, de 2001, não precisou ser refeito. Bastou-me revirar
as páginas ─ na verdade já estava digitalizado, então o que fiz foi um serviço
de cópia e cola. Um trabalho mais de bricolagem, como dizem os franceses, do que
de escrita!
O texto descreve um dia de chuva em uma época em que eu
tomava muita chuva...
De repente
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As nuvens
altas e claras
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Jogam suas
águas pro ar
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Desprevenidos
cá na terra
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Procuram
abrigo
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Como se
houvesse guerra
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Soa o
grito das mães
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Lojas
baixam suas portas
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O que era
pra daqui a pouco
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Se
resolverá amanhã
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Somente
amanhã
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Numa breve
trégua
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O vapor se
ergue do asfalto
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Então
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No vento
forte
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Nuvens
baixas e negras
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Cobrem
toda cidade
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Logo
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Fugindo
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Se vão
todos
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Espavoridos
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Ultrajados
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Sob a
chuva
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