Esse poema, escrito no ano 2.000, é apenas uma descrição, um
quadro. Hoje, para dar ares de grandeza ao poeminha, eu diria ser uma forma naïf da fórmula horaciana ut pictura poesis (a poesia que se
assemelha à pintura)! Curiosamente, desde o primeiro momento tive a impressão
de que haveria mais bravura se a luta fosse vencida por uma mulher, por isso há
no final uma indicação de gênero.
Lembrei-me desse poema devido aos acontecimentos recentes no
Rio de Janeiro que resultaram no assassinato de Marielle Franco. Deixo abaixo
uma advertência importante feita pelo jornal Meio e aqui o link para a
assinatura gratuita: Canal Meio.
E não é que deu certo!?!
Naquele emaranhado
(No meio do
enguiço)
Um corpo já muito batido
Levantou sem constrangimento
De costas para quem não acreditava
Escondeu o riso entre os cabelos
─ Um riso de
cabeça baixa
Foi embora cansada
Mas vitoriosa!
De supetão, em quantidade e de forma aparentemente orquestrada, as redes sociais foram tomadas por fake news a respeito da vereadora assassinada no Rio, Marielle Franco. Pelo menos duas autoridades, o deputado federal Alberto Fraga e a desembargadora Marília Castro Neves, do TJ-RJ, compraram e repassaram algumas das histórias — a de que a parlamentar teria sido ‘eleita pelo Comando Vermelho’ ou que tivera um filho com o traficante Marcinho VP. Informações falsas. A família de Marielle tomará providências legais por calúnia e difamação contra ambos. O PSOL vai ao CNJ contra Castro Neves e ao Conselho de Ética da Câmara contra Fraga.
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