Revirando os papéis, uma pequena parte já digitalizada, vou reencontrando
meus textos... constato que boa parte da produção, infelizmente, é muito ruim! São textos que,
no final das contas, cumpriram a função de exercício de escrita, mas apenas
isso. Talvez nem isso, pois para a maior parte deles não há qualquer orientação
literária que possa apontar um objetivo a ser alcançado.
O texto abaixo é de 1998. Não o considero um caso perdido!
Tentei juntar, em forma de poema, o que se entende por romance, como gênero
literário, com o romance amoroso.
Acento e ponto final
A palavra fica escrita:
─ não.
Resta o rancor
Na espera do som
Tenta novamente...
Com sinais de exclamação:
─ por favor!
Pouco adianta
O som chega e revolta
Então sublinha ou abre aspas
Diz com a máxima expressão:
─ Eu amo você!
Mas, no desânimo,
Quase desiste
Na última chance
Reticente
Faz a chantagem:
(lágrimas)
Pertinências...
Não sabe se vale
Finalmente
Mais espaço, outra linha
Novo capítulo
─ ...
Respira fundo antes...
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